Catástrofes naturais, um desafio para os seguros no século XXI

Dec 28, 2017 | MAPFRE Sostenible

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Os especialistas estão de acordo de que, este ano, a temporada de furacões do Atlântico foi a terceira mais ativa da história. Harvey, Irma e Maria são nomes que ficaram familiares devido à destruição que deixaram por onde passaram. Além desses, houve terremotos de diferentes intensidades, em alguns deles muito alta. Como as companhias de seguros enfrentam essa situação? É possível fazer uma previsão adequada dos prejuízos?

TEXTO O MUNDO DA MAPFRE | FOTOGRAFIAS MAPFRE

 

Oficialmente, a temporada de furacões começou no dia 1º de junho e terminou em 30 de novembro. Convencionalmente, estas datas limitam o período em que a maior parte dos ciclones tropicais é formada no oceano Atlântico.

Além disso, esta temporada também foi uma das mais ativas, a mais intensa desde 2005 em termos de energia de ciclones acumulada (ACE, Accumulated Cyclone Energy), uma métrica empregada para combinar a intensidade e a duração das tempestades.

A Área de Riscos da Natureza da MAPFRE RE e o departamento de Riscos Catastróficos da MAPFRE GLOBAL RISKS, lado a lado com as entidades locais da MAPFRE que estão expostas a esses perigosos, trabalham ativamente para enfrentar os diferentes desafios que o acompanhamento contínuo de eventos desse tipo representa.

A AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE DE UMA CATÁSTROFE

Para poder avaliar a gravidade de uma catástrofe, são levados em consideração três itens principais. Primeiramente, a intensidade da manifestação do perigo natural. Em caso de furacão, é feita uma avaliação da força dos ventos, das inundações que são provocadas e as chuvas ou marés de tempestades. Em caso de terremoto, são avaliadas diversas variáveis, como seu porte e profundidade, ou rachaduras de brechas.

O segundo item a ser observado é a área que está exposta. É verificada a amplitude, a existência de grandes populações ou não e o nível em que o seguro está presente na região atingida. O terceiro item, finalmente, seria a vulnerabilidade, que é traduzida na possibilidade de que as pessoas ou bens existentes nessa região sejam atingidos e sofram danos de maior ou menor porte.

A NOVA PLATAFORMA CAT COM A QUAL A MAPFRE GLOBAL RISKS TRABALHA PERMITIRÁ FAZER COM QUE O CONTROLE DA EXPOSIÇÃO A CATÁSTROFES SEJA MAIS EFICIENTE

Além das notícias divulgadas pelos meios de comunicação, também são consultadas diversas fontes, como os alertas que os órgãos nacionais e internacionais emitem diante desse tipo de fenômeno, bem como outras ferramentas de aplicativos móveis.

Diversos serviços de meteorologia nacionais e agências científicas fazem prognósticos do número de tempestades, furacões e grandes furacões (da categoria 3 ou superior na escala de Saffir-Simpson) que irão se formar durante a temporada, e quantos ciclones tropicais podem afetar um país específico.

“Poder saber detalhadamente quais são as exposições em caso de Perigos da Natureza (o que é denominado tecnicamente de controle de acumulação de catástrofes), é imprescindível nas atividades de qualquer companhia de seguros ou de resseguros”, explica Juan Satrústegui, diretor da Área de Riscos da Natureza da MAPFRE RE. “Esse controle faz com que seja possível realizar uma estimativa dos possíveis custos de sinistros catastróficos a serem enfrentados, antes que qualquer evento aconteça.”

Na Área de Riscos da Natureza da MAPFRE RE, depois que um evento acontece, é feita uma tentativa de prever o impacto econômico que ele poderia representar para a MAPFRE RE e para o Grupo como um todo. Para isso são empregadas diversas metodologias diferentes. Uma delas é aplicar diferentes porcentagens de danos aos valores segurados das regiões atingidas, de acordo com a intensidade do evento. Esses prejuízos são restringidos pelos limites das indenizações dos contratos.

Área de Riscos da Natureza da MAPFRE RE.

Outra maneira utilizada é saber quais são mais semelhantes à realidade dentro dos modelos de probabilidade utilizados com antecedência, e consultar os prejuízos estimados pelo modelo. Isto é possível apenas se as carteiras que foram seguradas tiverem sido configuradas de acordo com os diferentes Modelos de Estimativa de Prejuízos em caso de catástrofes naturais, disponíveis no mercado. A MAPFRE RE emprega modelos das empresas RMS (Risk Management Solutions) e AIR Worldwide para fazer a estimativa de prejuízo em caso de catástrofes naturais.

A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DAS CATÁSTROFES

Os serviços de previsão, análise e monitoramento contínuos dos riscos da natureza são imprescindíveis para o gerenciamento correto dos riscos de catástrofes na companhia. A chefe do departamento de Riscos de Catástrofe da MAPFRE GLOBAL RISKS, Josefina Rodríguez Mondragón, está à frente da equipe responsável pela identificação da ocorrência, pela análise detalhada do evento e pelo monitoramento das possíveis regiões afetadas, para comparação com a localização dos riscos.

Departamento de Riscos de Catástrofes da MAPFRE GLOBAL RISKS.

Depois que o evento tiver ocorrido, esse departamento trabalha em estreita colaboração com a Área de Sinistros, e utiliza fontes oficiais de informação, bem como ferramentas tecnológicas adaptadas àquilo que necessita, como suporte.

No gerenciamento dessa área, a tecnologia desempenha um papel fundamental: “Trabalhamos com bancos de dados detalhados e centralizados, de onde obtemos nossa exposição nos mais de 200 países em que temos riscos segurados”, afirma Josefina Rodríguez.

Nesses bancos de dados é possível identificar, após uma catástrofe, onde se encontram as regiões afetadas e emitir uma listagem de clientes, valores dos seguros e condições das apólices em poucas horas. Essa listagem é enviada para a Área de Sinistros, de onde a empresa entra em contato com as pessoas seguradas por intermédio das suas unidades de subscrição, cumprindo assim o principal objetivo da MAPFRE, que é estar ao lado dos seus clientes quando eles mais precisam, visando oferecer-lhes a melhor resposta possível.

NOVA PLATAFORMA

“Um fator-chave, no qual trabalhamos continuamente, é a integração das nossas informações a partir do instante da subscrição”, ressalta Josefina Rodríguez. Por isso, o Departamento de Riscos de Catástrofe da Unidade MAPFRE GLOBAL RISKS trabalha para realizar uma iniciativa por meio da qual o controle da exposição a catástrofes se tornará mais eficiente nos 200 países em que a companhia oferece seguros para mais de 600.000 situações de risco.

A nova Plataforma CAT permitirá obter o cálculo do consumo e verificar a capacidade disponível automaticamente durante o processo de subscrição. Para isso, ela será integrada com a Plataforma de Subscrição de Negócios da MAPFRE GLOBAL RISKS, obedecendo aos parâmetros estabelecidos com a área em questão. Além disso, também será possível visualizar graficamente as situações de risco seguradas mundialmente, disponibilizando uma mensuração muito mais ágil dos riscos expostos ao impacto das catástrofes.

A automação do controle da exposição a catástrofes a partir do instante da subscrição, a otimização da reação perante eventos catastróficos e a redução do risco operacional serão as principais vantagens que a nova plataforma irá oferecer, e irão representar um grande valor diferencial e estratégico para a companhia.

COMO É O MODO DE AGIR NO LOCAL?

A MAPFRE possui um histórico de casos bem-sucedidos de resposta após catástrofes naturais. O terremoto que ocorreu no Chile em 2010 é um dos exemplos mais claros disso, e a MAPFRE desempenhou um papel importante nele. Também no terremoto sofrido em Lorca, na Espanha, em 2010, a MAPFRE mostrou uma reação rápida.

Ultimamente, nossa reação à passagem dos furacões Irma e Maria no mês de setembro passado no Porto Rico, em que os meios de notificação de sinistros e de atendimento individualizado aos afetados foram reforçados após os terremotos que tinham ocorrido nesse mês, são exemplos do modo como o Grupo age de maneira imediata, empregando todos os recursos que estão ao seu alcance, para responder àquilo que seus clientes necessitam.

 

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